Um Dia
Um dia será o dia em que irás fazer as malas e partir da casa onde cresceste, onde choraste e onde riste até as lágrimas te escorrerem pela cara. um dia, deixarás a tua família para construir uma outra família, a qual sejas o progenitor, que manda e dita as regras. um dia, deixarás de ser a criança que os teus pais viram crescer para te tornares numa pessoa autónoma com o seu próprio salário. um dia, desejarás ter o mundo e percorrê-lo, pedaço a pedaço. um dia, desejarás que não haja fome no mundo nem pobreza. um dia, irás viajar de balão como nos contos de fadas, bem como encontrarás o príncipe encantado disfarçado de um sapo bem giro. um dia, terás tudo nas tuas mãos e desejarás regressar à infância onde eras acarinhado por tudo e por todos, onde as responsabilidades não reinavam e tu eras feliz porque sim, não havia motivos. um dia, quando cresceres irás te aperceber que afinal quando somos adultos tem de haver um motivo para tudo: para se ser feliz, para estar triste, para chorar, para sair... mas eu não gosto de motivos, não tem de haver razões para tudo ou tem? não quero que um dia seja o dia, porque o mundo está nas minhas mãos, o futuro está traçado pelas linhas desenhadas nas mesmas e só eu decido o que posso fazer. se posso estar feliz ou triste, deprimida ou alegre. um dia, não ligues a esse dia, vive tudo como se fosse o último momento. não deixes situações mal resolvidas, não deixes de ser tu mesmo. e se os outros quiserem que sejas outra pessoa não lhes ligues, porque tu mesmo sabes que os sempres não existem, e que as coisas duram enquanto as pessoas quiserem. a vida é efémera e amanhã podes já não cá estar para contar o que te aconteceu.
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